Niemeyer foi um gênio. E careca. Embora careca e gênio sejam
coisas redundantes, quase um pleonasmo. Sócrates, Platão, Aristóteles, Galileu,
Shakespeare... Sem falar nos poetas: Vinicius, Neruda, Drummond, Quintana...
Todos carecas e geniais. Niemeyer foi um careca fantástico. Reconhecido
internacionalmente, suas obras sempre foram repletas de curvas, talvez porque
se inspirava em sua vasta testa. O Palácio do Itamaraty, com seus pratos
côncavos e convexos; o Museu de Arte Contemporânea de Niterói; a Apoteose no
Sambódromo; a carequinha na sede da ONU... Tudo remete ao curvo, ao esférico. Grandes
homenagens a nós, os pouca-telhas. O mundo em curvas, redondo, harmônico, como
o nosso arquiteto comunista sempre sonhou! Eu achava que ele era imortal, eterno. E
estava certo.
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